sábado, 18 de abril de 2009

O Autor


Nascido em 24 de julho de 1890, em Campinas - SP, Guilherme de Almeida era filho de Estevam de Araújo Almeida (jurista e professor de direito) e Angelina de Andrade Almeida. Estudou nos ginásios Culto à Ciência, de Campinas, e São Bento e N. Sra. do Carmo, de São Paulo. Em 1912, formou-se em direito e passou a exercer as atividades tanto no ramo da advocacia como na área jornalística. Trabalhou ainda como cronista social e crítico cinematográfico, além de ter atuado como redator de diversos jornais paulistanos, entre eles "O Estado de S. Paulo".
Fez sua estréia literária com o livro "Nós", em 1917. Logo em seguida publicou mais quatro livros: A Dança das Horas (1919), Messidor (1919), A suave colheita, Livro de Horas de Sóror Dolorosa (1920) e Era uma vez... (1922).
Manuel Bandeira fez o seguinte comentário sobre as obras citadas acima: “Todos eles pertencentes ao clima parnasiano-simbolista, todos cinco revelando um habilíssimo artista do verso, que, com mais fundamento ainda do que Bilac, poderia dizer que imita o ourives quando escreve".
Guilherme de Almeida era um sonetista exímio, que possuía um estilo bem pessoal, pois tratava o verso com extrema habilidade e, ao mesmo tempo, dava liberdade às imagens. Quando Manuel Bandeira disse que ele tinha "mais fundamento ainda do que Bilac", estava referindo-se à formação do poeta, que sabia latim, grego e era um profundo conhecedor da cultura renascentista.
Em 1922, participou da Semana da Arte Moderna e ajudou a fundar a revista Klaxon. No ano de 1948 entrou para a Academia Paulista de Letras, ocupando a cadeira do seu pai. Em 1930 foi eleito para ocupar a cadeira nº 15 da Academia Brasileira de Letras, sucedendo Amadeu Amaral. No dia 21 de junho do mesmo ano, foi recebido pelo acadêmico Olegário Mariano. E, ainda em 30, com a publicação da obra "Você", percebeu-se que a fase "modernista" do poeta chegou ao fim. Os poemas voltam a ter a forma fixa de soneto e os versos voltam a ser metrificados e com rimas raras.
Alistou-se como soldado na revolução de 1932, defendendo a causa constitucionalista e foi exilado para Portugal por oito meses. Lá, foi considerado um dos maiores poetas da língua. Voltou do exílio em 1º de agosto de 1933.
No ano de 1936 Guilherme de Almeida encontrou-se com o cônsul japonês no Brasil, Kozo Ichige. Coincidência ou não, nesse mesmo ano começou a escrever "haicais em português".
Em 1945 funda o Jornal de São Paulo, que é temporariamente fechado pelo Estado Novo. Em 1949, junto com Franco Zampari, ajuda a fundar o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). No ano seguinte, é nomeado chefe de gabinete do Prefeito de São Paulo, Lineu Prestes. Em 1959, Guilherme de Almeida é eleito, em concurso instituído pelo Correio da Manhã, "Príncipe dos Poetas Brasileiros".
Faleceu no dia 11 de julho de 1969, vítima de uremia. Seu corpo foi transportado por um carro do corpo de bombeiros com escolta de lanceiros da Força Pública para a Academia Paulista de Letras, e foi sepultado no parque Ibirapuera, em São Paulo.


“É importante saber que Guilherme de Almeida não foi apenas um poeta. No decorrer do período que esteve literalmente ativo Guilherme foi: cronista, tradutor, autor teatral, crítico de cinema e até escreveu obra infantil (O Sonho de Marina – Ed. Melhoramentos, SP – 1941).”

Um comentário:

Unknown disse...

Olá:
Adorei a idéia do Blog sobre o Guilherme.
Como não encontrei nenhum email para poder entrar em contato, estou utilizando deste espaço para solicitar a gentileza de entrar em contato comigo através de algum dos meus emails que estão estão no Blog Retalhos do Modernismo.
Acho que temos muito que conversar e trocar idéias a respeito do assunto.
Espero contato
ESTEJA E SEJA E FIQUE FELIZ!
Abraço
Luiz de Almeida